domingo, 7 de junho de 2009

Ciclo

Bom, o RAI.MUNDO pode dizer de boca cheia que essa primeira fase do blog foi cumprida. Fazendo referência ao Focas em Pauta: "A partir de agora, os posts não serão mais obrigatórios, os temas não serão definidos, as funções não são mais divididas e a vontade de postar fica na responsabilidade da veia jornalística que vive em cada uma das focas e que, em boa parte, foi despertada por este blog." Achei a citação muito pertinente, porque no que diz respeito ao nosso trabalho jornalístico a evolução de todo o processo pôde ser acompanhada de perto por este trabalho acadêmico. 'As focadas', os erros, as reportagens de grande sucesso... Enfim, é com uma grande honra que a primeira fase do RAI.MUNDO se conclui, mas seguindo o que diz o clichê, todo suspiro de um final é o folêgo de um recomeço, e assim foi com o nosso blog, próximo ao fechamento do ciclo, ganhamos cara nova e até um novo logotipo, muito simpático por sinal:


É com essa idéia de renovação que deixamos a nossa mensagem. Bom, para um final louvável, retomarei uma discussão deixada pelo nosso blog. O jovem da atual sociedade é omisso ou não? Para reflexão fica um poema da autoria de Martin Niemöller:


Sociedade cívil passiva



Eles começaram perseguindo os comunistas,


E eu não protestei, porque não era comunista.


Depois, vieram buscar os judeus,


E eu não protestei, porque não era judeu.


Depois ainda, vieram buscar os sindicalistas,


E eu não protestei, porque não era sindicalista.


Aí, vieram buscar os homossexuais,


E eu não protestei, porque não era homossexual.


Aí então, vieram buscar os ciganos,


E eu não protestei, porque não era cigano.


E depois, vieram buscar os imigrantes,


E eu não protestei, porque não era imigrante.


Depois, vieram me buscar.


E já não havia ninguém para protestar!


Martin Niemöller

Achei o poema a cara do RAI.MUNDO. Como todo encerramento tem cara de choro, não poderia deixar de utilizar a ferramenta que tanto foi criticada ao longo do período para fazer um bom encerramento. Ele, o temido: SENSACIONALISMO. Nada mais é do que fazer emocionar. Jornalista bom é realmente imparcial? Ou seria ele sem opinião? Não quero abrir debates, estou apenas justificando o apelo do vídeo que o RAI.MUNDO exibe abaixo:




Rasgue sua camisa de força!



Por Marcus Fróes

domingo, 31 de maio de 2009

O jornalismo clássico e o jornalismo com base em novas tecnologias.

O jornalismo passou por grandes modificações. Mudou para melhor. A tecnologia foi um avanço para o jornalista romântico que passa a ser multimídia. Não existiam recursos como os de agora. Isso faz com que a dominação seja essencial para ter um diferencial no trabalho. Os veículos de comunicação aumentaram devido a tecnologia avançada e transformará continuamente, facilitando a vida do profissional. Mas os desafios na profissão serão sempre os mesmos a enfrentar.

Nas redações, existia o barulho das teclas da máquina de escrever, fumaça de cigarro, muita movimentação, a competitividade na área era bem menor, o jornalista mantinha o sonho de mudar o mundo. Hoje em dia é bem diferente. Além das matérias serem mais enxutas, a tendência é continuar.

Antigamente, assessoria não era um lugar para se começar a trabalhar. Já no jornalismo atual, é indispensável pois possibilita novas oportunidades. Com a TV digital e a TV a cabo, tendem a aparecer diversas possibilidades.

Descobrir e informar: o jornalismo continua com esse mesmo propósito. Antes, a maioria das pessoas lia jornal. Não é o que acontece atualmente, por causa dos diversos veículos existentes para divulgar notícias. Isso não quer dizer que o papel desaparecerá. Mas o jornal está sempre mudando. As reportagens necessitam de fotografias. O impresso pode aparecer de várias formas, em função de atrair leitores. A gosto do público. A pessoas esperam mais do jornal, querem o máximo de informações para selecionar o conteúdo.

O computador facilitou, trazendo programas de edição de texto, de editoração eletrônica, entre outros. Fazendo com que paste-up, revisão e copydesk desaparecessem da vida dos jornalistas. O acesso às notícias também aumentou. Com isso, a circulação de informações faz com que a mídia possa informar os mesmos assuntos de diferente maneiras.

Por Gessica Cruz

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Atrás da caça

Com cerca de 164 mil habitantes, Guarapuava aparentemente é uma cidade calma e boa para se viver. Localizada no centro-oeste do estado do Paraná é conhecida como um planalto. Seu nome é derivado de duas palavras do tupi-guarani --GUARA-- e --PUAVA-- que significa ''Lobo Bravo''. Como já estive nesta cidade, posso afirmar que o nome não lembra sua paz, tranquilidade e beleza, sem falar no seu comércio hospitaleiro e bem desenvolvido.

Fernando Ribas Carli Filho, deputado estadual pelo PSB, nascido em Guarapuava e filho do prefeito desta calma cidade, se envolveu num acidente de trânsito em Curitiba, na madrugada do ultimo dia 7, que causou a morte de dois jovens.

O velocímetro do carro de Carli Filho travou em 190 quilometros por hora. Talvez isso explique quão arrasador foi o acidente. Um dos jovens que estava no carro com o qual o de Carli colidiu, teve sua cabeça arremessada a cerca de 40 metros do local do choque.

O irônico de tudo isso é que esse mesmo deputado apresentou na Assembleia o projeto de lei 155/07, que concede desconto anual no IPVA para os motoristas que não receberem multas de trânsito. Porém, ele mesmo acumula 130 pontos em sua Carteira de Habilitação, resultado de 30 multas desde 2003.

Fica aqui uma breve reflexão de que como podemos eleger tantos hipócritas, que como este, fazem a lei como ovelhas, mas a desrespeitam como lobos, e lobos bravos, que ferozmente ceifam a vida dos contribuintes. Neste caso, literalmente.

Por Henrique Carpanezi

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A profissão em pauta

A obrigatoriedade do diploma de jornalismo continua sendo um tema polêmico. O questionamento da qualidade da informação vem forte quando se põe em xeque a necessidade de preceitos éticos e morais de um assunto divulgado na mídia. Tal argumento, porém, é facilmente derrubado pela democratização da comunicação, já que, com o advento da internet, com seus inúmeros recursos, ferramentas e possibilidades, qualquer um pode se expressar da forma que quiser, sem que seja necessário um jornalista para publicar sua opinião ou ponto de vista. Em seu texto, Beth Costa, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (http://www.fenaj.org.br/diploma/interesse.htm vale a pena conferir!), diz que o jornalista, em certos casos, pode ser um fator restringente determinante: apesar de ter de ouvir todos os setores sociais, o profissional acaba pondo limites na hora de expressar o que sua fonte diz, seja por quantidade de informação, por edição, ou por tamanho.

Por ser o jornalista um grande formador de opinião da sociedade, a não obrigatoriedade do diploma põe em questão a validade social da informação – tem de haver dedicação ao fazer jornalismo. Ao escrever, então, uma pessoa tem de ter consciência de sua responsabilidade social, da ética e moral. Além disso, possibilita que os grandes donos da comunicação não sejam formados na área, e sim grandes empresários, que controlarão a consciência dos jornalistas, que por fim controlarão a consciência da sociedade.

Para ouvir o outro lado, entrevistamos um funcionário do jornal Folha de São Paulo, Luiz Antonio Borges Tedesco, de 48 anos. Redator há sete anos, Luiz Antonio é, na verdade, formado em zootecnia. Ele conta que, logo após se formar, trabalhou com crédito rural. Em seguida, fez pós-graduação na França, depois atuou com exportação. Também trabalhou num departamento da embaixada francesa que se dedica à divulgação da ciência e tecnologia francesas. Nesse departamento, já fazia algumas publicações e também traduções de artigos de jornais e revistas francesas especializadas em ciência e tecnologia. Foi para a Folha em 1990, onde ficou quase três anos (dois no Agrofolha e quase um em Ciência). Durante 5 anos, foi proprietário de um restaurante, tendo voltado para a Folha em 1998, primeiro na Folhapress e depois na Ilustrada. Desde 2001 está no Painel do Leitor.

Tedesco não considera importante o diploma de jornalista e nunca sofreu qualquer discriminação profissional por não tê-lo. Acha, inclusive, que futuramente haverá cada vez menos profissionais com diploma de jornalismo nas redações. E não acredita que a formação acadêmica na área seja um pressuposto básico para garantir a ética jornalística.

Aproveitamos e perguntamos também a Tedesco sobre o cargo de redator, já que, atualmente, nem todos os veículos têm redator -- a tendência é que o próprio repórter redija sua matéria. Para ele, esse é o fluxo natural da profissão. Entretanto, considera que a qualidade jornalística cai, sem dúvida.

Ao pedirmos a ele um conselho aos novos jornalistas, respondeu: "tem de ler muito, textos de qualidade (livros principalmente); jornalista tem de ter vocabulário''.

- Um site bom para dar uma olhada é o www.jornaldedebates.ig.com.br , que permite que qualquer um poste um texto argumentativo! Como não tem restrições quanto às postagens, encontra-se nele tanto textos interessantes e bem argumentados quanto textos vagos!


obs: estranhamente, não conseguimos achar vídeos que tratassem da desregulamentação do diploma de jornalismo.


Por Bianca Azzari e Carla Nastari.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os 25 anos da Diretas Já.


No dia 24 de abril de 1984 foi realizado o último e maior comício contra a ditadura militar do Brasil. Todos protestavam a favor da emenda Dante de Oliveira, que previa a volta das eleições diretas para presidente. O plano foi rejeitado, faltaram 22 votos para que fosse consentida. O que se deve ressaltar, porém, é no que resultou a união da força popular, a principal responsável pela transição ditadura-democracia ter se tornado realidade.

Desde meados de 1970, com a crise do regime militar, vinha-se ensaiando uma transição “lenta, graduada e segura” (pelo menos era o que afirmavam os militares). Depois da morte do operário Manoel Fiel Filho e do jornalista Vladmir Herzog, porém, iniciaram-se movimentos de protestos em setores da Igreja católica, da sociedade civil organizada e de pessoas oposicionistas ao regime, indignados com a censura e as incontáveis mortes provocadas pelo governo, conhecido ali como ‘máquina de tortura’. A partir daí, uniram-se todas as condições para a eclosão do movimento das diretas já. No período de 25 de janeiro a 26 de abril foi a vez do povo tentar retomar as “rédeas do poder”, quando, depois de 20 anos de dura repressão, sem a mínima e qualquer tipo de liberdade, milhares de pessoas de todas as partes do Brasil se reuniam na esperança de tempos melhores.

O movimento ganhou cada vez mais força, refletindo nos resultados da oposição no congresso. Foram criados partidos como o PT, PDT, PMDB, PP e PDS, tendo participação de políticos que mais tarde tiveram grande destaque na política brasileira, como Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas e Luis Inácio Lula da Silva.

Quando as discussões em torno da sucessão presidencial se acirraram, a mobilização popular já havia ganhado força para modificar a amplitude das discussões políticas. Mesmo com a derrota da emenda, a disputa pela força política já havia ganhado proporções imensas, o que resultou um ano depois na eleição de Tancredo Neves. O Brasil passava, enfim, para o lado da democracia, mesmo que de forma indireta, findando finalmente o duro período da ditadura militar.

Nós, jovens, não temos noção de como é viver numa ditadura e há quem diga que a democracia de fato nunca existiu, e o que mudou foi apenas a forma de controle, que ficou mais implícito. Existem, então, formas "mais leves" de controle, como a mídia, o poder da informação, que, de forma sutil, não nos deixa perceber o quanto estamos cercados por todos os lados. o jovem de hoje, por não ter vivido uma ditadura (e em alguns casos não conhecer muito a história do país) não percebe o quanto a democracia é tênue e não avalia o quão importante seria ele ser mais engajado politicamente. Você acha que, se o regime se tornasse uma ditadura, nós saberíamos nos organizar para tentar combatê-la? Comente!

http://int.limao.com.br/eldorado/audios!getPlayerAudio.action?destaque.idGuidSelect=17B739FE5D87402D85D2D451BBA48523 ouça no link a entrevista feita pela rádio Eldorado com Flamarion Maués, historiador e Renato Janine Ribeiro, professor-titular da cadeira de Ética da USP.

Por Bianca Azzari.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A estrutura da web é confiável?



Na última terça-feira, sete de março, os usuários do serviço Speedy de banda larga ficaram na mão. Usuários afirmam que tiveram problemas na conexão à Internet no Estado de São Paulo. Em nota para a Folha Online a rede de provedores UOL afirma que começou a receber reclamações por volta das 22h da segunda-feira. Segundo o UOL a Telefônica confirma que cerca de 170 mil usuários forma afetados. Em divulgação para a imprensa a empresa disse que "não existe nenhum tipo de problema generalizado para acesso ao Speedy".
Ainda nesta quarta-feira assinantes do Speedy continuam com problemas na conexão. Em contradição com a última nota divulgada o SAC da Telefônica confirma que existe uma massiva em toda a região de São Paulo por motivos de manutenção técnica, e promete que o serviço volta ao seu funcionamento normal até às 14h.
Vale lembrar, que em Julho do ano passado a Telefônica apresentou uma paralisação que passou de 120 horas gerando uma multa de mais de 3 milhões para a empresa. A pane técnica afetou bancos, lotéricas, delegacias e até agências do Poupatempo que dependem do serviço para o trabalho rotineiro.
Cabe a nós, jornalistas, afirmar piamente que diante dos fatos, o jornal impresso não perderá sua posição para a web tão cedo. Ainda falta técnica. Como a rede que é considerada a mais poderosa pode ser tão frágil a ponto de um problema técnico parar uma cidade?

Por Marcus Fróes

Fantoches?

Tanto se fala na manipulação da mídia para se atingir a famigerada formação da opinião em um senso comum, mas parece existir uma barreira não permitindo a especulação desse tema.
A manipulação e a formação de opinião é algo debatido já a longa data. Platão define em sua teoria, no livro VII do Republica, o Mito da Caverna, considerada uma das mais poderosas metáforas para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Ou seja, os filósofos acreditam que todos nós estamos sujeitos a ver sombras a nossa frente e toma-las como verdadeiras.
A mecânica do Mito da Caverna consiste em deixar parte da humanidade presa desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, condicionados a olhar sempre para uma parede à frente. Desta forma estavam sujeitos a ver única e exclusivamente sombras de algumas pessoas, animais, vasos... Definitivamente, os habitantes só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desfazendo diante deles.
A conclusão é que depois de passar a vida observando somente as sombras, os seres passam a acreditar que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos, chamadas de ídolos por Platão, eram verdadeiras, ou seja, a sua existência passou a ser dominada pela ignorância.
Se um dia, alguém resolvesse libertar um dos habitantes ele nada enxergaria, num primeiro momento, ofuscado pela luz do Sol, e depois iria desvendando aos poucos descobrindo tudo que o cerca.

E a mídia? O que tem a ver com toda essa teoria???

Seria ela a caverna? Sim, pois dela partem todos os tipos de informações para a sociedade, que a toma como verdadeira. E o questionamento é: Haverá mesmo a necessidade de sair da caverna e descobrir o mundo que existe por de trás dos meios de comunicação, ou existe transparência em meio à informação que temos acesso?

Fica a dúvida. Comentem.

Por Marcus Fróes

Quem somos

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Rai.Mundo? A forma como a imprensa influênciou todo o histórico da sociedade, pode e deve ser considerada como um despertar no mundo. Daí a idéia de dar 'oi' ao mundo. Nosso intuito é mostrar o que muitas vezes não vemos ou lemos em quaisquer meio de comunicação. Nós, como estudantes de jornalismo, vamos estudar, relacionar e debater sobre a influência da imprensa em diversas áreas, tanto quando usada a favor de algum assunto, como contra. Abordaremos também a questão da censura nas suas mais variadas formas. O questionamento de imprensa livre será colocada em pauta por meio de entrevistas e reportagens. E para não cairmos em contradição, e censurar nosso próprio público, nos ajude a desenvolver nosso Blog, nos mandando e-mails de críticas, sugestões, elogios. Entre sem bater, fique à vontade!